quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Mistério da Caixa

© 2009 by Levi Horn


Era uma tarde como toda tarde aqui na minha cidade. Eu estava retornando do meu colégio com uma amiga. Sou bem magrinha para a minha idade, cabelos vermelhos e pele clara. Não sou muito popular no meu colégio, alguns me acham até estranha, mas eu não ligo muito. Tendo pelo menos um amigo eu estou feliz. O nome da minha amiga era Camila, ela era quase idêntica a mim, achavam até que nós éramos irmãs. Enquanto andávamos pela rua eu vi, não muito longe, um homem todo vestido de negro. Achei aquilo estranhíssimo, chamei a atenção de Camila para que ela notasse também, apesar de estar longe vi sua fisionomia muito bem. Era muito pálido e tinha cabelos brancos, bem velho. O homem estava apoiado em uma cerca, próxima a um terreno abandonado, tentava esconder algo por entre as folhas. Quando percebeu a nossa aproximação, soltou o objeto e correu, na direção oposta a nós.

— Que será que ele escondeu ali? — perguntou minha amiga curiosa.
— Sei lá.
— Vamos ver?
— Lógico.

Andamos mais rápido e chegamos à cerca do terreno abandonado, tratamos de nos apressar, pois já estava ficando noite e as redondezas eram muito perigosas durante a escuridão. Remexemos as plantas e encontramos, ao que parecia ser, uma caixa. Não a olhamos muito bem, nos dirigimos para casa e resolvemos vê-la somente quando chegássemos lá. Não sabíamos no perigo que estávamos nos metendo. Chegando em casa, Camila foi para a minha, pois sua mãe só chegava mais tarde. Subimos rapidamente para meu quarto. Era bagunçado, nem parecia quarto de menina, mas eu me sentia muito à vontade ali. Tomamos um banho rápido e fomos investigar a caixa.

— Será que fizemos bem em pegá-la?
— Não sei.
— E se aquele homem estivesse lá pra escondê-la? E se depois ele voltar?
— Acho que o sujeito estava mais com cara de que queria se livrar dela — eu disse, indo pegar a mochila onde a caixa estava guardada.
— Se estava, ele devia ter um bom motivo para isso, não é?
— Acho que sim — respondi sacudindo os ombros. Abri a mochila. Não estava lá.
— Sumiu!
— Como?
— A caixa desapareceu.
— De que jeito?! Ela não saiu andando!
— Ela não está aqui dentro. Eu lembro de tê-la colocado aqui.
— Olha direito.
— Eu já olhei, não está.

Ficamos nos observando por alguns instantes, até que percebi, atrás de Camila, na minha estante, algo que não deveria estar lá. A caixa.

— Está ali — apontei. Camila virou-se e ficou pálida. Como a caixa fora parar ali?
— Muito engraçado — virou-se ela — querendo me assustar não é? Perdeu seu tempo. Foi você quem mudou a caixa de lugar, não é?
— Não! Eu nem toquei nela desde que chegamos.
— Mentirosa!
— Não é mentira!
— Então como ela foi parar em cima da estante?
— Eu não sei.

Silêncio novamente. Corri e peguei a caixa, trouxe-a e sentamos na cama. Era toda preta, não havia nada, exceto um único símbolo, um sol. Eu vira aquele símbolo antes em uma carta de tarô antigo. Minha mãe me ensinara a tirar as cartas, mas eu nunca entendera direito, só sabia o que cada uma significava.

— Que esquisito. Não tem fechadura — disse Camila virando a caixa de ponta cabeça.
— É mesmo. Será que essa caixa era alguma magia ou coisa perecida. Aquele homem era muito estranho, todo de preto, será que era feiticeiro.
— Sei lá.
— Além do mais esse símbolo — mostrei o sol — é de tarô.
— E o que significa?
— Prisão ou liberdade. São opostos e dependem muito da ocasião e do que se quer. Não sei o que significa, neste caso.

Um friozinho percorreu minha espinha. Foi quando a primeira coisa estranha aconteceu. A porta do banheiro que estava aberta fechou-se rapidamente, pensamos que fosse o vento, mas a janela estava fechada, a luz do teto começou a piscar de um modo muito esquisito. Camila levantou da cama num pulo e correu na direção da porta, mas esta se fechou também.

— Juli, o que ta acontecendo.
— Deve ser alguém brincando conosco.

A luz agora demorava a acender e enquanto ela estava apagada ouvíamos umas vozes esquisitas que davam muito medo. Eu corri para abraçar a Camila e ficamos juntas, foi quando uma voz mais gélida soprou no meu ouvido as seguintes palavras.

— Cuidado! Morte!
A porta do meu quarto abriu-se e a luz voltou ao normal. Mamãe era quem abrira e ficou assustada em nos ver abraçadas, quase chorando.
— O que aconteceu?
— N-n-n-nada.
— Eu vou encontrar com seu pai no shopping. Não saiam de casa. Camila, eu falei com sua mãe e ela disse que você pode dormir aqui esta noite, Jorge e eu voltamos antes das doze.
Mamãe saiu e nos deixou. Percebi que ainda estávamos abraçadas.
— O que foi aquilo?
— Não sei, mas não quero ficar aqui, vai que acontece de novo.
Descemos rapidamente as escadas, não queríamos permanecer no quarto nem mais um segundo. Trouxemos a caixa conosco para investigá-la melhor, sem perceber que fora ela a causadora de tudo.
— Onde vamos dormir?
— Aqui na sala mesmo, se mamãe chegar e nos encontrar aqui, dormindo, não nos acordará.
— E como vamos dormir? Sem cobertor?
— Tem uns reservas lá atrás. Vamos assistir TV.
Sentamos no sofá. Camila olhou a caixa de canto de olho.
— Veja, tem um outro símbolo.
— Não me lembro de tê-lo visto — disse eu.
— Nem eu. Você consegue entender?
— Significa, caos.
— Eu, hein. Não sei por que, mas esta caixa me dá uma sensação horrível.
— A mim também. Acho melhor a gente se livrar disso, talvez seja um sinal de que não devemos ficar com ela.
— Talvez...

Assistimos TV e acabamos adormecendo. Sonhei esta noite. Foi um sonho muito horrível. Eu estava em casa com Camila, assistindo TV. Assim como fazíamos antes de dormir. Ela virava pra mim e eu não via seus olhos, estavam vazios. Sua boca estava costurada e seu pescoço cortado à faca.

— Cuidado! Morte! — escutava várias vezes. Acordei ofegante, abri meus olhos e encontrei a escuridão. Olhei para meu lado e Camila estava lá, com seus olhos e com sua boca liberada. Que susto horrível. Encostei minha cabeça no travesseiro e voltei a dormir. Estava com muito medo de sonhar novamente, mas acabei cochilando. Não tive o tal sonho de novo.
Na manhã seguinte, Camila foi para a casa dela e eu fiquei fazendo minhas tarefas escolares para aquela tarde. Eu e Camila havíamos combinado de nos livrar da caixa quando estivéssemos voltando do colégio. Nós a deixaríamos no mesmo lugar onde encontramos, assim se aquele homem esquisito quisesse reavê-la, estaria lá, como se nunca tivesse saído. Quando chegou a tarde eu peguei a caixa para colocá-la na bolsa. Foi então que notei que mais um símbolo havia aparecido. Significava perseguição. Eu senti um calafrio e empurrei a caixa bolsa adentro. Sai muito preocupada de casa, uma caixa que fazia aparecer símbolos não era normal. Aquela tarde eu nem prestei muito atenção na aula e acho que a Camila também, pois ela não parava de olhar para mim.

Quando o último sinal tocou, juntamos nosso material e corremos para casa, lembrando de passar pelo terreno abandonado pra soltar a caixa lá. Ao chegar bem próximo do local, não havia mais ninguém na rua exceto a gente, e o tremor causado pelo medo era inevitável. Nos aproximamos do terreno e colocamos a caixa bem escondida entre as folhas. Foi quando surgiu, de repente, do terreno, o homem de preto. Camila soltou um grito horrendo e nós começamos a correr desesperadamente. A caixa ficara no terreno. O homem não parava de nos seguir, então eu gritei bem alto:

— Sua caixa está lá no terreno.

Contudo ele não parou de nos perseguir, desistiu segundos depois quando encontramos um grupo de pessoas conhecidas. Corremos para casa e entramos, desesperadas. Mamãe, ao nos ver, ainda abriu a boca para perguntar, mas não deu tempo, corremos para o quarto de hóspedes e ficamos sentadas próximas à janela esperando ver o tal homem pelas redondezas. No entanto, não vimos nada. Não fomos para meu quarto, pois o medo de algo acontecer lá ainda existia.
— Você viu? Eu sabia! Ele estava esperando a gente voltar para nos pegar! Ainda bem que nos livramos da caixa. Com certeza ele vai voltar e pegar ela.

— É o que eu espero — disse eu, enxugando o suor da testa. Peguei minha mochila para retirar alguns livros extras que havia trazido. Quando a abri senti uma pontada no meu coração.
— Veja! A caixa!
— O quê?
— A caixa está aqui! — repeti, tirando-a de dentro da bolsa.
— Mas você não tinha jogado ela?
— Eu joguei, lembro disso.
— Essa caixa tem alguma coisa. E não é do bem.
— Ela parece não querer que nos livremos dela, e ainda fica aparecendo uns símbolos. Veja apareceu outro.
— O que é agora.
— Morte.

Eu fiquei toda arrepiada. Como se livrar daquilo, ainda mais com um homem louco nos perseguindo? Era sexta-feira e na manhã seguinte eu e Camila iríamos acampar sozinhas perto de casa. Era apenas um quilômetro de distância e tinha um laguinho ótimo para se banhar. Nós podíamos jogar a caixa lá dentro e adeus preocupação.

Como estávamos enganadas...

Novamente algo estranho aconteceu. Desta vez, enquanto nós estávamos conversando no quarto, a luz do banheiro se acendeu repentinamente, eu levei o maior susto da minha vida. Começamos a ouvir a água da banheira enchendo-a. Como ela se ligara? Eu me levantei e comecei a caminhar naquela direção. Não sei de onde retirei tanta coragem. Segundos depois, cheguei à porta do banheiro. Olhei na direção da banheira e gritei, gritei o quanto pôde. Camila, ao me escutar, gritou também. Eu via a banheira toda cheia de sangue e uma mão morta no chão do banheiro, foi horrível. Sai rapidamente do banheiro e minha mãe entrou no quarto preocupadíssima.

— Que foi?
— A banheira — eu disse chorando. Ela foi até o banheiro e voltou com uma cara assustada.
— Não tem nada lá.
— O quê? Não esta cheia de sangue?
— Não. De onde você tirou esta idéia, garota?
— Não tem uma mão no chão do banheiro?
— Não. Juliana…

Eu me levantei e corri para lá. Realmente não havia nada. Nenhuma gota de sangue ou vestígio de que ali houvesse estado uma mão morta, o banheiro até estava limpo e seco. Novamente fomos obrigadas a sair do quarto por motivos inexplicáveis. Camila ia dormir lá em casa de novo, pois nós sairíamos bem cedo para acampar, dormiríamos uma noite lá e só voltaríamos no domingo à tarde. Neste curto espaço de tempo, entre o nosso sono e o acampamento, nós, de vez em quando, olhávamos a rua para ver se o homem estava lá, mas ele não estava. No outro dia eu e minha amiga, exatamente às sete horas, partimos para o nosso acampamento com duas mochilas cheias de comida pronta para a digestão. Não nos daríamos o trabalho de cozinhar. Chegamos no lugar em poucos minutos, sentamos em baixo de uma árvore à beira d’água e começamos a conversar.

— Tomara que aquele homem não apareça por aqui — disse Camila sem ter outra coisa para falar.
— Você tinha que me lembrar? — eu reclamei.
— Vamos logo jogar aquela caixa fora.

Eu peguei-a a caixa e novamente um símbolo novo aparecera. Significava mal. Agora os símbolos haviam ocupado quase todos os lados da caixa, faltava apenas um único lado e eu temia bastante o que poderia aparecer. E o pior me veio à cabeça, percebi que a maioria das vezes que um símbolo aparecia algo estranho acontecia, as luzes, o sonho, o banheiro. Será que havia alguma ligação? Não tinha certeza.

— Meu Deus, agora só falta um lado. O que será que vai acontecer se ele aparecer? — perguntou Camila.
— Não sei. Vamos jogar a caixa fora.
— Agora mesmo.
Eu segurei a caixa firme na mão e joguei-a o mais longe que pude, para dentro do lago. Quando nos viramos a caixa estava lá, ao pé da árvore.
— O que é isso? Essa caixa é do mal!
— Vamos sair daqui. É melhor voltarmos para casa.
O céu começou a se encher de nuvens. A pequena floresta que teríamos de enfrentar para chegar em casa estava escura.
— E agora? Como a gente volta, eu não quero ficar aqui com essa caixa estranha.
— Vamos voltar mesmo assim — eu disse determinada a sair dali.
— Tem certeza? — perguntou Camila receosa.
— Vamos!

Eu peguei minha mochila e ainda vi a caixa ao pé da árvore. Corremos o máximo que nossas pernas puderam. Corremos até cansar. Estava demorando muito para chegar, que eu soubesse a floresta não era tão grande assim. Corremos mais um tempão, não havia fim.

— Por que não estamos chegando?
— Eu não sei — eu gritei quase chorando. — Mas acho que isso tudo está interligado.
As vozes de outrora começaram a soar novamente, mas desta vez elas não estavam sozinhas. Vultos, muito parecidos com panos translúcidos, apareciam e tocavam-nos friamente. Ao invés de falar aquelas palavras horríveis eles diziam num tom gélido e arrastado:
— Vocês estão perdidas...
Um deles enroscou-se na minha perna e eu percebi que eles tinham rostos. Nós não parávamos de correr. Tudo aquilo estava nos assustando muito, não conseguíamos parar de correr, era como se nosso corpo estivesse no controle.
— Ó meu Deus, eu quero uma saída. Juli o que está acontecendo?
— Eu acho que tem a ver com aquela caixa. Toda vez que aparece um símbolo algo estranho acontece.

Neste momento começamos a ver uma luz muito grande perto de nós. Corremos naquela direção e chegamos a um grande vulto branco. Brilhava muito, os outros continuavam a girar perto de nós. O vulto brilhante virou-se e nós vimos seu rosto. Era um fantasma desfigurado. Com um grito tenebroso o vulto voou na nossa direção e então eu desmaiei. Acordei com um radiante sol banhando meu rosto. Estava próxima à árvore do lago. Como eu voltara até ali? Não sabia. Camila estava ao meu lado. Eu a acordei. Com uma cara de apavorada, ela falou:

— Eu tive um sonho muito estranho e você estava nele.
— Tinha vultos e vozes?
— Sim!
— Também sonhei.
— Será que era sonho mesmo?
— Sei não, acho melhor irmos para casa. Talvez estaremos mais seguras lá.
— Cadê a caixa?
— Desapareceu.
— Assim é melhor...

Corremos pela pequena floresta e encontramos alguém. Era o tal homem. Estava mais feio do que da outra vez. Sua pele pálida estava bem mais branca e seus olhos eram circundados por negras olheiras, o que lhe dava um aspecto cadavérico.

— Fiquem calmas, eu não vou machucar vocês.
— O que quer? — eu perguntei.
— O que vocês fizeram com a caixa?
— Que caixa — fingiu Camila.
— A caixa que pegaram no terreno abandonado. Não podiam ter feito isto, ela é amaldiçoada. Assim que o último símbolo aparecer ela vai pegar a alma de vocês e vocês vão morrer em poucos dias.
— Como você sabe disto?
— Por que aconteceu comigo.
— E como você ainda na morreu?
— Não sei, mas acho que foi porque vocês pegaram a caixa antes de eu morrer.
— Quer dizer que para nós não morrermos, nós teremos que passar a caixa para frente?
— É.
— Isso é crueldade. Condenar outra pessoa à morte, e se ela não souber o que fazer?
— É o único jeito.
— Mas nós a perdemos.
O homem saiu correndo sem dar explicações. Voltamos para casa e mamãe estranhou o fato de termos chegado antes do previsto.
— Por que voltaram?
— Não nos sentimos muito bem lá.

Subimos para meu quarto, pois sabíamos agora o que havia causado tantos problemas. Ao entrar no quarto, nos deparamos com a pior cena de nossas vidas. Estava todo destruído, e sujo de sangue. No espelho estava escrito em sangue, “ Seu sangue será derramado”. No chão haviam pegadas vermelhas vindas do banheiro, e, sobre a cama, a caixa, sendo segurada pela mão morta que vira anteriormente.

— Vamos pegar, nós temos que nos livrar dela logo.

Eu entrei, seguida por Camila, que estava muito assustada. Um barulho horrível veio do banheiro e um corpo cortado ao meio saiu arrastando suas tripas de lá. Sem um dos braços, e sem cabeça. Eu quase desmaiei, peguei a caixa e corremos para a porta. Esta se fechou com estrondo. Nós começamos a gritar, mas não escutávamos ninguém subir as escadas. Eu estava com a caixa na mão quando o último símbolo apareceu e com um clique ela se abriu, era outro sol. Vários vultos brancos começaram a sair e eu gritava mais do que nunca. Foi quando o meio corpo chegou a Camila e segurou a sua coxa com força. Todos os vultos voaram na direção dela e garras foram enterradas em seu corpo. Eles começavam a puxar, e aos poucos um vulto brilhante começou a sair dela, estavam retirando sua alma, que não queria ceder. Era como se ela não quisesse ser retirada e fazia muita força para ficar. Eu estava imóvel, não sabia o que fazer enquanto minha amiga gritava pela sua vida. Corri na direção da janela e vi uma mulher passando pela rua. A rua ficava bem abaixo da minha janela. Joguei a caixa e por sorte caiu bem na frente dela. Escondi-me. A mulher pegou a caixa, olhou para os lados e enfiou-a na bolsa. Meu quarto começou a tremer. Ficou escuro e quando a luz se abriu tudo estava normal. Eu corri a abraçar Camila. Estava tudo bem, tudo voltara ao normal.

Tentamos encontrar a mulher que pegara a caixa, porém, infelizmente, não conseguimos. Estava condenada. Eu fiquei muitos dias sem sair de casa. Camila também. Esta história aconteceu comigo há uns seis meses e nunca esquecerei. Por toda a minha vida. E uma coisa eu posso garantir, isto aconteceu de verdade comigo e eu aprendi minha lição.

Contado por Juliana Fernandes, residente no Brasil, 15 anos de idade.

2 comentários:

  1. Olá, Levi!

    Bem, seu conto tem uma premissa realmente ótima: uma caixa misteriosa que se recusa a abandonar quem a encontra e cujos desenhos ocultistas nas faces revelam o futuro macabro de seu tutor é, seguramente, um tema sobre o qual Allan Poe escreveria sem pestanejar.

    Talvez o texto tenha pecado um pouco pela falta de uma cena que cause um arrepio mais "visceral" na espinha. E você também precisa tomar cuidado com as redundâncias, deixar um pouco de lado o excesso de descrição com adjetivos e advérbios, e dar preferência pela busca aos substantvos e verbos corretos.

    Sugiro que leia (além do próprio Allan Poe, claro) alguns trabalhos de Guy de Maupassant (especialmente o conto "O Horla")e o livro "Enquanto Houver Luz", de Agatha Christie, onde a autora revela seu talento também no âmbito dos contos envolvendo o sobrenatural.

    No mais, gostei do seu texto! Só fiquei com pena da pobre mulher que pegara a caixa jogada pela Juliana. Deus tenha piedade da alma dela!
    ;)

    Parabéns, brother!

    P.S.: espero que tenha aprovado a revisão superficial.

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  2. Gostei do visual da caixa, e do mistério por trás dela...

    Sinceramente, acho que poderia virar romance... aproveitando a idéia, quem sabe, né?

    Mas ficou realmente muito legal (um pouco nojento, mas mesmo assim... rs).

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