segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Palhaços Macabros — A Última Sessão

Conto de terror dividido em quatro partes. Eis as duas primeiras.

I
Não se pode dizer que Hugo possuía ascendência muito inteligente. Tome-se como exemplo o caso de seu bisavô, que ficara famoso ao apresentar como álibi num tribunal do século XIX o fato de não poder ter tomado partido do crime investigado porque, no exato momento em que aquele ocorria, ele assaltava a mansão vitoriana de uma conhecida família aristocrata, do outro lado da cidade. E deve mesmo ter sido o fantasma cinzento do velhote que pousou ao ombro do garoto, quando este foi o único na sala de cinema a não entender a piada final da comédia a que assistia, envolto em sonolência, nos últimos 90 minutos.

“Dane-se”, pensou, com um peteleco no copo vazio de coca-cola.

Os créditos finais mergulharam a sala na penumbra, alguns se ergueram para ir embora e outros tantos continuaram sentados, ainda rindo. Se não fosse só a imaginação de Hugo, um desagradável odor de fezes impregnava o lugar. Ele seguiu a pequena procissão guiada pelas luzes vermelhas demarcando os degraus, sem conseguir deixar de culpar-se por ter dormido durante a sessão. Tudo bem que o filme não primara pelo “humor inteligente”, como o trailler havia sugerido, mas se a distração oferecida pelo pagamento de cinco reais fosse cair no sono, era melhor ter ido direto para casa, onde poderia fazê-lo gratuitamente. Ainda bem que ao menos conseguira despertar antes do final, graças a um curioso choque espasmódico concedido, ele supunha, pelo subconsciente, receoso de deixá-lo sozinho na sala de projeção após o término da película.

Os comentários alegres, críticas superficiais e piadas extraídas da própria comédia eram, claro, o assunto predominante entre aqueles que, ao contrário de Hugo, não haviam ido ao cinema desacompanhados. Fora isso, o shopping estava imerso na quietude peculiar que só quem já pegou a última sessão ou uma pré-estréia pouco aguardada conhece. Escadas rolantes paradas, refrigeradores de ar desligados, luz atenuada, praças de alimentação desertas, lojas e restaurantes fechados — sempre interessante notar a calmaria fugaz de um mar que permanecia a maior parte do tempo revolto, quase hostil.

No terceiro piso, dispersão parcial rumo aos banheiros vazios. No térreo, mais pés divergindo quanto à saída que melhor lhes convinha: classes A e B rumaram para o estacionamento; C, D e daí por diante seguiram na direção do ponto de ônibus defronte ao shopping. Todos, no entanto, receberam a mesma resposta indiferente das portas magnéticas, que normalmente se abriam ao menor sinal de aproximação humana.

— Quê que há com essas portas?
— Aquela também está fechada?
— Como assim, “fechada”?
— Significa que não abre, gênio.
— É brincadeira...

No entanto, como o leitor mais perspicaz já terá deduzido, não era. Em poucos minutos, instalou-se a inquietação:

— Onde está o pessoal da segurança? — indagou um rapaz magro, cabelo estilo militar, espiando ao longe por cima do chafariz central.

— Verdade — ponderou uma adolescente de uniforme escolar, acompanhada do namorado musculoso e com pelo menos o triplo da idade dela — Eles sempre ficam esperando na saída, a essa hora...

— Quem sabe não perceberam que a sessão terminou? — arriscou uma mulher de ar ratinheiro, girando irritantemente as chaves do carro entre os dedos.

— Mas, não sei se vocês repararam, não havia nenhum funcionário lá em cima, também — lembrou o namorado musculoso. — Quer dizer, sempre fica alguém para abrir a porta da sala, quando acaba o filme.

— Coisa estranha...

Hugo acompanhava o suplício de seus colegas com distante solidariedade. Ao contrário de muitos ali, não tinha hora para chegar em casa, muito menos pressa. Até gostava dessas pequenas surpresas do cotidiano, pois firmavam entre completos desconhecidos laços que, embora efêmeros, eram quase sempre muito divertidos. Só para ter o que fazer, puxou o celular do bolso. Estranhamente, o aparelho não ligou, embora Hugo tivesse certeza de que a bateria estava carregada quando chegou no shopping.

— Licença, você tem horas aí? — perguntou a um garoto que permanecia no limiar da indignação geral. Mas também o celular deste não ligava, e nem o do próximo a quem perguntou, e nem o do outro, e o do outro. Por fim, chegou-se à aflitiva conclusão de que nenhum aparelho de telefonia móvel estava funcionando.

— Eu vou lá em cima procurar esses funcionários, que acham que não temos mais o que fazer — disse a mulher das chaves, no que foi apoiada e seguida por boa parte do grupo. Hugo esperou. Algo naquilo tudo começava a preocupá-lo. Só não podia saber a proporção que as coisas ganhariam, depois do que sucedeu a seguir.

A comitiva da busca por respostas nem teve tempo de chegar à escada rolante desativada mais próxima. Gritos assustadores acrescidos de passos mais que apressados ecoaram do terceiro piso para o segundo, do segundo para o primeiro e dali para o térreo. Três garotos, um homem e duas meninas desceram pelos degraus estáticos em fuga desabalada. Estavam pálidos, trêmulos, e só pararam ao serem abordados pelo olhar de medo e dúvida nos rostos dos civis que já sofriam com a angústia das portas trancadas e celulares desligados.

— A gente precisa dar o fora daqui! — aconselhou um dos garotos, quase gaguejando.

— Não dá, as portas estão trancadas — alguém explicou — O que houve lá em cima?

Os seis do terceiro piso se entreolharam com o devido choque individual acentuado. Foi o homem quem informou, com uma voz teatralmente gutural, o que nenhum deles queria ouvir:

— Tem cinco seguranças esquartejados no banheiro masculino, gente.





II


Era a primeira vez em muito tempo que o sanitário masculino do terceiro piso recebia a visita de outras mulheres, que não as faxineiras do shopping. A ocasião, é verdade, não poderia ser menos lisonjeira, embora não se pudesse acusar o autor da tétrica cena que todos agora presenciavam, estarrecidos, de ter pecado pela falta de originalidade: os cadáveres dos funcionários haviam sido completamente despidos (uniformes e roupas íntimas achavam-se cuidadosamente dobrados e empilhados a um canto), fatiados com precisão cirúrgica nas articulações e os pedaços, à primeira vista, espalhados aleatoriamente pelo piso imaculado do local. Sob análise pouco mais criteriosa, porém, notou-se que estes justapunham-se de modo a formar uma única palavra, designando exatamente a ação menos provável de ser executada por qualquer pessoa naquele banheiro, viva ou morta — “SORRIA”.


Outro ponto a constar a favor do profissionalismo do assassino era a sua, por falta de termo mais apropriado, higiene. Não havia sequer uma gota de sangue para macular o pavimento ou as paredes brancas do lugar. De algum modo horripilante, mas eficaz, todo ele fora extraído e depositado num galão de água ordinário, que jazia equilibrado precariamente sobre um mictório do lado oposto à cena. De 20 litros suportáveis pelo recipiente, o fluído vermelho ocupava dois terços, mais ou menos.


As reações frente a semelhantes eviscerados são quase sempre previsíveis, se você não cursou medicina ou coisa que o valha. (Os três garotos e uma menina que se abstiveram de examinar a cena do crime e ofereceram-se para testar as saídas de emergência que o digam.) Ruídos de náusea, evocação da entidade abstrata melhor posicionada na hierarquia religiosa de cada um, mãos que cobrem bocas. Pularíamos esta parte, não fosse o debate elucidativo que sucedeu a idéia infeliz de Hugo em perguntar algo sumamente idiota a um dos adolescentes que primeiro encontraram os mortos:

— Vocês colocaram os pedaços desse jeito?

— Claro que não! — indignou-se o menino — Que idéia!

— A gente precisa chamar a polícia, pessoal — sugeriu alguém.

— E como faremos isso, se as portas estão trancadas e os celulares não ligam? — retorquiu a mulher das chaves, seguramente a última pessoa que se suspeitaria adepta do pessimismo precipitado.

— Isso é o de menos, querida. Qualquer lixeira metálica dessas espalhadas pelos corredores serve como aríete...

— Não serve, não. — contrapôs outra adolescente. — O vidro de todas as portas foi reforçado em cinco milímetros com blindagem, depois do assalto ao shopping no ano passado, lembram?

Eles lembravam.
— Esperem, deve ter ficado mais alguém aqui dentro — conjeturou o garoto a quem Hugo perguntara as horas primeiro. — Cinco funcionários me parece pouco para um lugar tão grande...

— Não, não — desanimou logo o homem que encontrara os corpos — Vasculhamos tudo aqui em cima antes de decidir sair correndo daquele jeito.

— Bom, então vamos ter de arrombar uma loja, o alarme é ativado e a polícia vem de qualquer jeito.

— Vocês estão sendo precipitados. — lembrou o rapaz de cabelo algo militar —Quer dizer, olhem para esses corpos! Isso não é serviço de um psicopata amador. O cara que matou essa gente (se é que foi só um cara) deve ter tomado todas as precauções para não deixar sequer uma pista que leve até ele. Nem digital deve ter aí! Ou seja, se chamarmos a polícia agora, adivinhem quem serão os principais suspeitos?

— E você sugere o quê? Esperar sentado aqui até as faxineiras chegarem?

Aqui, não. Em nossas casas, o mais longe possível. Só precisamos saber se as saídas emergenciais estão de fato abertas e pronto: para todos os efeitos, somos simples civis que deixaram o cinema do shopping sem tomar conhecimento de que um crime bárbaro ocorrera no banheiro do terceiro piso.

— Brilhante. Só uma pergunta: o que pretende fazer com as imagens das câmeras de segurança, que certamente já filmaram a gente aqui?

— Amigo, se o cara que fez isso não desativou antes as câme...

— “Se”, “se”! Você trabalha em cima de hipótese...

— Ssssssshhhhhhhhhh! — Hugo interrompeu a discussão abruptamente.

— O que foi?

— Ouviram isso?
— Isso o quê?

— Espécie de chiado.

— Do que está falando?

— Ele tem razão, parece estática...

— Vem das roupas...

— Rapaz, cuidado pra não alterar a cena do crime, pelo amor de Deus!

Hugo caminhou cautelosamente até a pilha de vestes. Encontrou, então, o rádio transmissor de um dos guardas escondido no meio delas. A estática aumentava. Quase involuntariamente, pressionou um dos botões, mas antes que pudesse indagar se havia alguém do outro lado, uma gravação começou a ser reproduzida:


Os índios da extinta tribo Orkidawa, norte de Mato Grosso, acreditavam que as almas dos companheiros que perdiam a vida durante estágios de subconsciência — coma, sono ou transe — permaneciam eternamente presas à oca em que a morte se dera, além de assumirem para sempre as feições, vestes e adereços que acompanhassem seu corpo físico. Daí se sucede que moradias onde tais tragédias ocorriam fossem incineradas com o cadáver ainda dentro, pois, além da não complacência em enfeitar para sempre o corpo e, por conseguinte, o espírito de alguém que já se fora, havia a esperança de que este último pudesse ascender livremente para o outro lado, embora seu semblante houvesse se tornado tão assustador quanto o do invólucro carnal carbonizado.

21 pessoas morreram sob circunstâncias similares, neste shopping.
Em que suas almas terão se convertido?”


Demorou até alguém se atrever a quebrar o silêncio horrorizado.


— Então... Tem mais 16 funcionários mortos pelo shopping?

— Não é possível — redargüiu uma das meninas a primeiro ver a cena — Terça-feira é dia de pouco movimento, só ficam cinco fiscais de serviço, depois do fechamento das lojas.

— E como você sabe?

— É que... — ela baixou a cabeça — Meu pai trabalha aqui, de fiscal... E justo hoje é a folga dele.

O rapaz que perguntara pareceu envergonhado do tom acusador na própria voz.

— Sorte do seu pai.

— E azar o nosso. — sentenciou o garoto das horas — Quer dizer, alguém já fez as contas?

— Quais contas?

— Estamos em 12 no banheiro, e mais quatro procurando as saídas alternativas. Total, 16. O desgraçado na gravação usou o verbo no passado “vinte e uma pessoas morreram neste shopping”. Ou seja, ele já considera como fato consumado o nosso esquartejamento.

— Uma armadilha, é claro...

— Mais do que isso, colega. Um acerto de contas.

— Espere, agora você está exagerando...

Pensem! É só ter lido Agatha Christie ou assistido um pouco de C.S.I. para saber o que vem agora: descobrimos um podre escabroso em comum manchando nosso passado, esse maníaco igualitário encontra nossos arquivos secretos e, resolvendo bancar o justiceiro mascarado, nos mata um a um, aqui dentro.

— Meu Deus!

— Que horror!

— Cara, você está assustando elas!

— E acha que eu não estou assustado? Mato a última aula de geografia pra pegar um cineminha e acabo virando vítima de uma conspiração?

— Mas eu não tenho nenhum podre escabroso no meu passado — informou a mulher de rosto ratinheiro, pensativa. — Quer dizer, há o cachorro que atropelei na esquina da Getúlio com a 13 de Junho, semana passada, mas foi absolutamente sem intenção!

— Pessoal, vamos ser racionais — Hugo tomou a palavra depois de longo silêncio meditativo — Para o que o colega falou ser verdade, precisaríamos ter sido convocados ou atraídos, mesmo que sutilmente, a pegar justamente a última sessão de hoje. O que é ridículo, pois creio que todos (até você, amigo, como acabou de informar), viemos ao cinema por livre e espontânea vontade, certo?

Festival de concordâncias, algumas misteriosamente relutantes.

— Pronto, isso descarta definitivamente a hipótese do Poirot aqui. O assassino pode muito bem ter blefado nessa gravação, trancado as portas por pirraça e estar a quilômetros de distância, agora, em fuga. A menos que...

E Hugo hesitou em concluir o raciocínio tétrico que lhe viera à mente.

— Prossiga, Hastings — instigou o outro, sarcástico — A menos que...?

— Besteira. Teríamos percebido se alguém houvesse deixado a sala durante a sessão.

Você teria percebido?

Hugo encarou-o desconfiado.

— O que está insinuando?

— Me sentei duas poltronas à sua esquerda, amigo. Vi quando você acordou. Aliás, foi um pouco depois de eu mesmo ter acordado.

— Esperem aí, vocês também dormiram durante a sessão? Puxa, que coincidência, achei que fosse pela falta de café que eu tinha feito exatamente a mesma coisa...

— Eu também dormi!

— Acordei bem naquela cena em que...

— Pensei que fosse a única...


Sim, caro leitor. Todos haviam pegado no sono durante a comédia.


— É, pelo visto nosso “denominador comum” não estava num passado muito distante, afinal. E vovó Agatha volta a ser leitura obrigatória neste shopping.

— Com licença, meu jovem — começou o mais velho do grupo, tão pouco perspicaz quanto a maioria —, no que o fato de termos dormido durante a sessão implica mesmo?

— No raciocínio que o Hastings aqui não teve coragem de verbalizar, companheiros: o assassino é um de nós.



— Isso não pode estar acontecendo... — choramingou uma das meninas, sentando-se na borda de um urinol enquanto cobria o rosto com as mãos. — Eu nem queria ter vindo aqui hoje...

— Mas veio, amiga — disse o rapaz, inflexível — E é tão suspeita quanto os demais, pois pode muito bem ter mentido ao dizer que dormiu no filme, para acobertar alguém ou a si mesma.

— Cara, se falar de novo desse jeito com a minha namorada, eu juro que afundo a sua cara no soco.

— Pois faça isso, Conan. Daí vou saber quem ela tentava acobertar.

— E os outros quatro? — inquiriu Hugo, lembrando-se subitamente.

— Quem?

— Os quatro que foram testar as saídas de emergência. Não sabemos se eles dormiram na sessão. Talvez se perguntarmos a cada um separadamente, assim, como quem não quer nada, eles entreguem se viram alguém deixando a sala antes que o filme tivesse acabado.

— Supondo, claro, que o próprio interrogado não seja o assassino.

— É um risco que temos de correr. De qualquer jeito precisamos investigar a demora, já era para estarem de volta há um tempão.

— Bem, se encontraram a saída de emergência aberta, capaz de terem dado no pé.

— E eu vou seguir o exemplo deles, pode ter certeza...


Assim, doze pares de pés rumaram novamente para os saguões ermos do segundo andar. Uma aura de medo e desconfiança mútua pairava sobre o grupo, impedindo que trocassem entre si construções mais complexas que monossílabos, enquanto a busca pelos demais ia mostrando-se inquietantemente infrutífera a cada piso vencido. A angústia só teve fim quando, já no térreo, encontraram os quatro dispersos encolhidos ao pé da escada de mármore dando para uma das saídas do shopping, recostados numa grossa pilastra e parecendo aflitos.

— O que aconteceu, vocês sumir... — alguém começou, mas foi imediatamente silenciado pelos dedos indicadores do quarteto, posicionando-se cortando as bocas na vertical, num gesto de reconhecimento imediato: “quietos!”

— Temos uma notícia má e outra péssima — revelou a única menina do segundo grupo, depois que todos se postaram devidamente ocultos pela pilastra.

— Corte o drama! — aparteou “Poirot”.

— A má é que as saídas de emergência estão tão abertas quanto as principais.

— E a péssima? — Hugo perguntou, temendo a resposta.

— Temos companhia.

E a garota apontou as portas magnéticas além da pilastra que os escondia. Hugo só precisou do olho direito para ver os cinco palhaços de feições demoníacas, vestidos com túnicas brancas, olhos horrivelmente leitosos e facas manchadas de sangue nas mãos, espiando-os pelo lado de fora do shopping.

3 comentários:

  1. Cara, ta ótimo.
    To esperando ansioso a conclusão.
    Abraço

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  2. Finalmente eu tenho internet (improvisada, mas é internet), que emoção.

    Mas bem, vamos aos comentarios que se resumem a: S I M P L E S M E N T E M A R A V I L H O S O (não sabe como foi dificil escrever assim, apertando o espaço a cada letra... - dramatica que só eu...XD)

    De novo não vou colocar a velha frase que o Sr. conhece muito bem. Sei que deve estar tentando pensar nela agora... O D E I O... e agora deve ter lembrado... lá nas primeiras conversas em que o Sr. colocou a sinopse de uma de suas histórias. Lembrou??? Não é algo de que me orgulhe, mas acho que vai lembrar.. rsrs

    Mas a unica coisa que posso realmente dizer é que esta muito bom, como tudo que você escreve.
    Parabens.

    E como sempre vou ter que esperar pacientemente pelo final... Mas vou esperar...




    ='-'=

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  3. PS.: A tecla espaço que fiquei apertando,foi em vão... mas tudo bem.

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